quinta-feira, 12 de agosto de 2010


Meninos carinhosos; desses que abraçam, andam de mãos dadas, dão beijinho de esquimó, são calmos, ficam sem graça ao serem elogiados, tem sempre aquele cabelinho bagunçado e um cheirinho bom, são gentis, educados e nos tratam como princesas. Verdadeiras peças raras.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010


Quebra teu coração quando pessoas que você conhece, se tornam pessoas que você conhecia; quando você passa ao lado de alguém que foi uma enorme parte da tua vida, que você foi capaz de conversar durante horas e hoje nem ao menos se olham nos olhos, ou não tem mais assunto; quebra teu coração saber que coisas boas acabam, e não há nada que você possa fazer.

Chegue bem perto de mim; me olhe, me toque, me diga qualquer coisa, ou não diga nada, mas chegue mais perto. Não seja idiota, não deixe isso se perder, virar poeira, virar nada.

E sabe o que mais me dói? olhar pra todas essas cartas de amor, todos esses presentes românticos, essas fotos raras, e saber que para você nunca fez nenhuma diferença, saber que você não se importa mais com isso, que sequer tem guardado alguma lembrança de nós dois, enquanto eu, estou aqui chorando feito uma louca, cada vez que vejo todas essas coisas do tempo que éramos um só, e pensar que tudo, sem excessão de nada, ainda está guardado aqui nesta caixinha cheia de você. Ah, se fosse só na caixinha, o problema é que também está guardado na minha memória, e mais difícil ainda, em meu coração! onde não há como fugir, pois posso fugir de vez em quando das lembranças e bens materiais que você me deu, mas não posso fugir dos meus próprios pensamentos que teimam em ficar pensando só em você, ou seja... não posso fugir de mim mesma. E hoje, se tem um único desejo do qual gostaria quer acontecesse, aliás... muito mais do que só um desejo, uma necessidade praticamente, é que Deus tirasse você do meu caminho e lhe arrancasse das minhas lembranças, e da minha vida, até que eu consiga vê-la em paz, pois já não posso mais viver assim, só por você, esquecendo de mim.

Estou cansada de viver como se já fosse uma pessoa adulta e madura, gostaria de voltar a ser criança, uma garotinha de 6 anos que caiu da bicicleta. Gostaria de fazer cara de choro e correr aos berros para a cozinha, onde minha mãe me ergueria do chão, me daria um forte abraço e beijaria o meu joelho esfolado, eu pararia de chorar e tomaria leite com chocolate para a dor passar. Essa é uma das coisas que as pessoas não nos ensinam quando falam de crescer, como lidar com as dores que não passam com um beijo.

sábado, 31 de julho de 2010

O que tinha acontecido?


Então ele me abriu um sorriso diferente, um sorriso sincero, parei e fiquei apenas observando. Passamos alguns minutos em silêncio, minutos que pareciam uma eternidade. Por mim ficaríamos ali parados, ele sorrindo para mim e eu apenas o admirando, mas o silêncio era demais para ele. - Como eu nunca reparei? - ele falou ainda sorrindo. Fiquei confusa, não soube entender do que ele estava falando, continuei em silêncio. - Você não vai me responder? - Não sei do que está falando. - falei sem pensar, com a voz um pouco alterada. - Estou falando de você. - De mim? - continuei confusa, esse garoto mal olhava pra mim e agora esta conversando comigo, fazendo perguntas idiotas. - Não, não de você e sim sobre você. - o silêncio voltou, mas logo foi rompido. - Nunca tinha reparado esse seu olhar profundo, cheio de mistério, seus cabelos com essas ondas perfeitas... - ele continuou a falar e eu viajei em pensamentos, o que tinha acontecido com aquele garoto rude, metido e snobe, de onde ele tinha tirado todos aqueles elogios? então o interrompi sem prestar atenção ao que falava. - Está certo, o que você quer de mim? Ele me olhou com um olhar mais confuso do que eu esperava, balançou a cabeça e aquele garoto rude, metido e snobe entrou em ação novamente, deu as costas e voltou a me ignorar como sempre fez.

Palavras soltas em um pensamento aprisionado em mim, este que não pretende se libertar, que gosta de apenas imaginar o que aconteceria, mas o medo é bem maior e prefere só ficar ali, quietinho, sozinho, sem arriscar dor ou felicidade. Para ele a felicidade das poucas palavras é suficiente, do que adianta tornar esse pensamento liberto e conhecer a dor? a incerteza do futuro não existe, uma segunda opção é improvável, tento forçar, fazer com que ele saia, com que arrisque, mas é inútil, então convenço-me que esta é a melhor coisa a ser feita. Não arriscar meu pingo de felicidade iludida.